Há dois assuntos em que não gosto de me meter: Política e futebol.
Sou adepto do Silves Futebol Clube desde sempre e confesso, tenho grande simpatia pelo Sporting Clube de Portugal, cujos percursos acompanho com interesse (e com bastante sofrimento).
Vem isto a propósito das dúvidas que há dias um ilustre antigo alto dirigente do Sporting levantava quanto ao acerto da decisão do investimento na sua Academia.
Como compreendo essas dúvidas!
Será que é mais um dos chamados Investimentos Estratégicos (? Aqueles que, não sendo economicamente rentáveis nem auto-sustentáveis, são no entanto estruturantes, ou de interesse para o bem estar ou vida da comunidade, ainda que permanentemente dependentes financeiramente de outras fontes?).
Senão vejamos:
O Sporting é dos “grandes” (há que considerá-lo nesse grupo por cortesia e por respeito ao seu passado) o que está em pior situação financeira e à beira (pelo lado de dentro) da falência, apesar das vendas dos muito famosos “produtos” da sua formação.
O Sporting não consegue fazer resultados desportivos com os formados pela sua Academia, e para tentar melhorar, faz o mesmo que fazem os que não investiram em formação: vai ao mercado comprar jogadores, agravando a sua situação financeira.
Das duas, uma: ou vende mal os seus “produtos” ou não os produz em qualidade e ou qualidade suficientes.
Dizem-me: - Calma, é cedo, trata-se de um investimento estratégico, de retorno a longo prazo.
Esperemos que, quando aparecerem os resultados ainda exista Sporting.