Sempre simpatizei com o Sporting.
Sempre gostei muito do Sporting.
Fico muito marafado quando o Sporting perde ou não ganha.
Vejo, sofrendo, pela televisão, os jogos do Sporting.
Só não vou ao estádio apenas porque não aceito ser tratado como um malfeitor, desordeiro ou marginal, só porque não existe a coragem de tratar os malfeitores, desordeiros ou marginais como tal.
O.K.! Podem chamar-me Sportinguista!
Por isso, preocupo-me com o Sporting. Sempre o considerei um clube de gente boa, ordeira, onde o “fair-play” é a regra. Um clube que por isso, marcava a diferença. Um clube de senhoras e de senhores.
De boa fé, sempre acreditei que os excessos das claques nada tinham a ver com as estruturas dirigentes ou com as hierarquias dos clubes. Acreditava, sinceramente, que assim era não só no Sporting, mas principalmente no Sporting.
A verdade, porém, é que quem colocou as célebres fotografias das claques no túnel do balneário dos visitantes do Estádio de Alvalade, não foram as claques.
Não sei se as fotos são de inspiração fascista ou fascizantes.
Também não sabia que a saudação fascista tinha sido alterada, e que agora é o punho cerrado em vez da mão estendida. Não sabia, mas também não tenho nada com isso. Tanto me faz.
Mas o que sei é que as fotos são de muito mau gosto. E isso é pior. È muito pior.
É muito grave.
É que, a partir de agora, já não se pode argumentar que as atitudes das claques nada têm que ver com o clube, os seus sócios e adeptos, a sua hierarquia e a sua estrutura dirigente.
Eu gostaria que isto não tivesse acontecido.
Não no “meu” Sporting.
Que pena!!!!