Já li!
Obrigatório ler!
Já!
Um valioso contributo para a Revolução que está por fazer!
Para a Revolução que é preciso fazer!
Já!
Bem-haja, Dr. Gomes Ferreira!
Já li!
Obrigatório ler!
Já!
Um valioso contributo para a Revolução que está por fazer!
Para a Revolução que é preciso fazer!
Já!
Bem-haja, Dr. Gomes Ferreira!
Soube, pelo Jornal das 8 da TVI de hoje, Sábado, 15 de Junho de 2013, que Sua Santidade o Papa Francisco terá dito, em audiência ao Presidente da Comissão Europeia, que o Português é um Espanhol mal falado.
Eu nem queria acreditar!
O Papa Francisco é uma figura muito simpática.
É pena revelar uma ignorância totalmente desadequada à Sua Santíssima condição de eleito Chefe da Igreja Católica, representante do Deus dos Católicos na terra.
Ignorância e mau gosto!
Quis ser engraçado!
Mas devia ter um pouco mais de cuidado com o tipo de graçolas usadas na manutenção da sua imagem de Santa Simpatia.
E não dizer disparates!
É claro, não faltará quem diga que não foi por mal.
Foi por bem?!?
Não faltará quem diga que foi sem intenção de ofender.
Mas ofendeu! A mim, pelo menos, ofendeu!
Com o devido respeito, Sua Santidade, ao afirmar que o Português é um Espanhol mal falado, devia esclarecer a que se referia:
A um Basco mal falado?
A um Valenciano mal falado?
A um Galego mal falado?
A um Catalão mal falado?
A um Castelhano mal falado?
Qual Espanhol?
Sua Santidade não tem o direito, como qualquer vulgar mortal tem, de mostrar tal falta de cultura e sensibilidade.
Devia saber um pouco de História!
Ler um pouco.
Devia saber que, quase três séculos antes da unificação de Espanha, já existia um País chamado Portugal, com a sua identidade e língua próprias.
Devia saber que com a sua graçola, ofendia oito séculos de História que sua Santidade não está em posição de ignorar.
Que me perdoe Sua Santidade!
Foi uma graçola de muito mau gosto!
Gosto muito dos comentários do Dr. Gomes Ferreira na SIC sobre questões económico-financeiras. Não os perco, por nada.
São notáveis, pela sua clareza, e entendíveis por quem como eu, tem conhecimentos de economia que não enchem, em letra de tamanho normal, a mortalha de um cigarro.
Além disso, não buscam o politicamente correcto, razão mais que suficiente para que eu tenha por ele o maior respeito e admiração.
Ontem (10 de Junho de 2013), após afirmar que muito do trabalho de ajustamento que tanto nos aflige e atinge, mas que considera necessário e inevitável, já está feito e que os resultados não tardarão a aparecer (!declarações perigosas!), contou a história do colono Português que mandou um seu empregado indígena derrubar uma árvore.
Para quem não a ouviu, ou não a conhece, vou contá-la:
Como já disse, o colono ordenou ao seu empregado indígena que derrubasse uma árvore fortemente enraizada.
O empregado muniu-se de picareta, pá e enxada, e começou a trabalhar.
Passados muitos dias, o estupor da árvore ainda resistia, apesar do esforçado trabalho do homem. A árvore tinha uma raíz bem agarrada ao solo e resistia, enquanto o colono manifestava a sua impaciência com insultos e impropérios.
Ao fim de muitos mais dias, com o trabalhador já exausto, a árvore ainda continuava, surpreendentemente, de pé, perante a insistente, atenta e expectante observação do patrão.
Em dada altura o colono decidiu que era o momento, e dirigiu-se ao empregado:
-Saí dai! És um incompetente, um inútil, não serves mesmo para nada! Eu mesmo vou fazer o trabalho!
Dirigiu-se à árvore e com um pequeno movimento do braço, empurrou-a, sem esforço.
A árvore caiu!
Não tenho grande tendência para o optimismo, Sou mesmo dos que pensam que, se há uma luz ao fundo do túnel, ela pertence certamente a um combóio que vem na nossa direcção.
Sou assim, que hei-de fazer? Acho sempre que se a situação pode ser pior, ela vai mesmo ser pior|
Posso estar a interpretar mal, mas leio no comentário de ontem do Dr. Gomes Ferreira uma ponta de optimismo.
Oxalá!
Eu também vejo no horizonte alguns sinais!
Sem esquecer que eu sou o tal cujos conhecimentos de economia cabem, escritos em letra de tamanho normal, numa mortalha de cigarro, vejo no horizonte alguns sinais:
-de uma forma geral, as reacções dos mercados e as taxas de juro da dívida pública.
-o comportamento e a evolução das bolsas que, é sabido, antecipam os ciclos económicos.
-a ânsia dos “socialistas” em fazer o Governo demitir-se e tomar o seu lugar
(?cheira a dinheiro, ou a possibilidade de mais endividamento e esbanjamento?)(?será que a árvore já sai só com um toque?).
Escrito em 11 de Junho de 2013 por João José Gonçalves Pargana, reformado e pensionista, ex-membro da classe média em extinção.
Vi (ninguém me contou) uma reportagem da Sic Notícias sobre o rescaldo dos distúrbios da tarde e noite de 14 de Novembro.
Fiquei a saber, afinal, quem tinha deixado o rasto de destruição em frente da Assembleia (que já foi Nacional e que agora é só da República) e nas ruas adjacentes.
A menina jornalista (certamente detentora de uma licenciatura, mestrado ou doutoramento em Comunicação Social, que me perdoe por não lhe ter fixado o nome) repetiu por diversas vezes, enquanto nos mostrava o estado em que aquela zona da cidade ficou:
- “…o rasto de destruição deixado pela passagem da carga policial…”
Fiquei atónito.
Afinal, os meus olhos, que viram as transmissões em directo, enganaram-me!
Afinal, quem deixou o rasto de destruição foi a carga policial!!
E veio à minha memória uma história que se contava no Estado Novo:
Era o tempo em que os jornalistas não tinham licenciatura, mestrado ou doutoramento em coisa nenhuma. Eram semianalfabetos, lacaios do Poder, que vendiam a sua consciência por migalhas.
Um dia, um leão fugiu do Jardim Zoológico e, após espalhar o pânico por toda a cidade, foi ter ao Rossio.
Após debandada de toda a gente que naquela Praça se encontrava, um pacífico freguez do café Nicola, pousou a sua chávena de café (de saco) ainda por terminar e enfrentou a fera.
Após terrível combate, o nosso herói dominou a fera, acabando a peleja com a morte da besta, regressando o homem ao Nicola onde nova chávena de café (de saco) recém-passado lhe foi servida (agora, por oferta da casa).
Lavrou grande regozijo na Baixa e veio gente de longe e de toda a cidade aclamar o herói.
E veio também um jornalista do defunto “Diário da Manhã” entrevistá-lo.
Perguntou-lhe se era graduado da Legião Portuguesa, pois só um membro dessa instituição teria a coragem de enfrentar uma situação semelhante.
O homem respondeu que não, que não pertencia à Legião, que não se metia nessas coisas, que o seu interesse era apenas trabalhar e ganhar honestamente o sustento dos seus.
O jornalista perguntou-lhe a seguir se era membro da União Nacional.
Mais uma vez o homem respondeu que não, que a política não era coisa que o atraísse. Que o seu interesse era a família e que só muito depois vinha algum entusiasmo, por exemplo por futebol, indo ver de vez em quando um joguinho do Sporting, do Benfica, do Belenenses ou do Carcavelinhos.
O jornalista continuou a entrevista perguntando-lhe se tencionaria inscrever-se na milícia e no movimento cívico já mencionados, pois certamente para tal iria ser convidado, na sequência da coragem demonstrada na luta contra o leão.
Já atrapalhado, o homem foi-se esquivando, dizendo que não tinha jeito para a política, que a sua política era trabalhar para ter uma vida sossegada, honesta e em paz com a sua família, ter a sua licença de isqueiro e a carta e matrícula da bicicleta em ordem, e que não se sentia preparado nem merecedor da honra de ser membro daquelas organizações.
Insistiu o jornalista que então certamente era apoiante incondicional de Sua Excelência o Sr. Presidente do Conselho e do Estado Novo, pois só isso era de esperar de alguém capaz da façanha que acabava de se verificar.
O homem, cada vez mais atrapalhado, lá foi dizendo que a sua opinião política não tinha o menor interesse, que a sua vida era casa/ trabalho e trabalho/casa sem fazer ondas nem se meter em outras aventuras que não fossem de vez em quando, um joguinho de futebol.
O jornalista, finalmente, entendeu que já tinha a sua reportagem e entrevista.
No dia seguinte o Diário da Manhã noticiava:
“Leão barbaramente assassinado por um comunista”
Ex.mo Senhor
Primeiro-Ministro do Governo de Portugal
Excelência:
Manifesto, antes de mais, o meu profundo pesar pela desilusão que V. Ex.ª tem sido para mim.
Não porque eu seja social-democrata (que desde já esclareço que não sou), nem porque V. Ex.ª seja, como dizem por aí, neo-liberal (que duvido que seja (aliás, eu até nem sei bem o que isso é)).
Porque V. Exª mentiu. E mentiu deliberadamente.
Descaradamente.
Pior: desnecessáriamente.
V. Exª teve a oportunidade que, penso, nenhum outro político teve em toda a História do nosso País:
V. Exª teve a oportunidade de ganhar umas eleições sem mentir!
V. Exª teve a oportunidade de ganhar umas eleições sem prometer o que quer que fosse!
Bastava-lhe ficar calado.
Quieto!
Sem mexer!
Sem dizer nada!
O seu antecessor e adversário faria todo o trabalho para a vitória não escapar e cair de bandeja no colo de V. Exª.
Em Outubro de 2010, neste modesto espaço, com o título “O silêncio é de ouro”, publiquei um, “post” com a minha modesta homenagem aos ensinamentos do Mestre Valente, que eu pensei poderem constituir sábios conselhos para V. Exª e para o seu partido.
V. Exª não leu.
Não quis saber. Preferiu mentir.
Já sei que a minha opinião não interessa a V. Exª
V. Exª não ma pediu. Mas aqui vai:
Mais vale perder com verdade que ganhar com mentira!
Mais vale perder por não prometer nada que ganhar por prometer aquilo que se sabe não poder cumprir!
Acredite V. Exª no quanto lamento que nisso (espero que apenas nisso), V. Exª não é diferente do seu antecessor.
Não me venha V. Exª com a história de que, em política, quem diz a verdade não ganha eleições.
Não é verdade.
Não nestas!
Não me venha V. Exª com a história de que não sabia qual era a situação.
Ninguém com honestidade pode candidatar-se a um cargo como o que estava em causa e que hoje é o de V. Exª, e alegar, depois, que não conhecia a realidade em toda a sua extensão.
Se não sabia, não devia candidatar-se. Essa era a atitude honesta.
Se se candidata, assume o integral prévio estudo e conhecimento da situação e, em nenhuma circunstância lhe é legítimo alegar ignorância.
Desculpe V. Exª, mas essa dos “esqueletos no armário” não cola. É esfarrapada. De mau pagador, que não é a conta em que tinha V. Exª.
Onde foi parar a declaração pública e solene feita ao seu antecessor que não contasse com o seu partido para exigir mais esforços e aumentar mais impostos aos Portugueses?
Onde está a esperada moralização da vida pública, e do exemplo que deve vir de cima?
Onde está o corte nas gorduras do Estado?
Onde está a intervenção do lado da despesa, reduzindo-a?
Onde estão as reformas estruturais?
Quais foram as Empresas Públicas, os Institutos, Fundações e outras estruturas inúteis e os demais desperdícios que foram eliminados?
Nós acreditámos, Sr. Primeiro-Ministro. E fomos enganados.
Não havia necessidade!!!!!
Com os meus respeitosos cumprimentos, pesaroso me subscrevo
De V. Exª
Atentamente
(João José Gonçalves Pargana)
Não sei se a Selecção de Portugal vai perder com a Alemanha, a Holanda e a Dinamarca e se vai ser eliminado na fase de grupos.
Não sei, embora tenha uma idéia do que se vai passar.
Mas o que não entendo é o coro de indignação que se levantou contra as declarações do Manuel José.
Até parece que o Manuel José vai ser o culpado de tudo o que a Selecção fizer de mau.
Entendamo-nos!
Mais uma vez, alguém tem que gritar que o Rei vai nu!
Um pouco de bom senso faz sempre bem!
Subscrevo totalmente, com apreço e respeito pela sua frontalidade, as palavras do experiente treinador.
A verdade, muitas vezes, é incómoda!
Não poderia estar mais de acordo!
Na altura em que o Real Madrid comprou o Cristiano Ronaldo ao Manchester United, comentei, junto de alguns amigos que consideravam exagerada e indecorosa a verba envolvida, que até podia ser que o preço poderia ter sido baixo. Hoje, provávelmente, até poder haver muito boa gente que ache que foi uma pechincha para o Real Madrid.
Não tenho nada contra o que ganham os grandes craques do futebol.
Que gastem o seu dinheiro em Lamborghinis, Maseratis ou Gormitis.
Que lhes façam muito bom proveito. Não tenho nada com isso!
Não sinto, sinceramente, a menor inveja.
Mas acho justa e adequada a designação de circo que o Manuel José utilizou.
Assenta, como uma luva, ao espectáculo que se montou à volta da Selecção.
Também me parece não ser a forma de preparar uma prova como a que vai começar.
Não augura nada de bom. Oxalá esteja errado!
Mas receio muito que, no regresso, o circo seja diferente, e que seja necessária uma porta das traseiras para os craques saírem. Não gostaria de os ver sair pela porta dos traseiros!|
Oxalá me engane!
Também acho que, num país à beira da bancarrota, em que o número de pessoas que passam fome aumenta todos os dias, num país sem esperança e sem futuro, em que o drama das dificuldades das famílias atinge dimensões de desespero, o espectáculo do desfile de Lamborghinis e Maseratis dos craques à chegada à concentração é, no mínimo, indecoroso.
È uma afronta aos milhares de desempregados que lutam desesperadamente pela sobrevivência.
Aos que, por faltam de alternativas, procuram na emigração essa mesma sobrevivência.
È uma questão de decoro. De recato. Em seu lugar, de desprezo pelos outros.
E é principalmente uma questão de respeito. Aliás, de falta dele.
Como o é também que ninguém tenha ensinado ao capitão da equipa a forma correcta de se dirigir ao Chefe do Estado.
Há mínimos.
O capitão de equipa pode ser o melhor jogador do mundo, pode ganhar muito dinheiro e ser muito rico, mas não tem estatuto (ninguém aliás o tem) para tratar o Chefe do Estado, numa cerimónia formal por “você”!
Independentemente de se gostar ou não da pessoa que ocupa tal cargo.
Só faltou trata-lo por “Sr. Aníbal”!
Não aprendi o Hino Nacional nos estádios de futebol, nem ponho a Bandeira Nacional à janela da minha casa. Deixo isso para os “Portugalistas“ por analogia com os Sportinguistas, Benfiquistas ou Portistas. Tive, durante a minha vida, o previlégio de outras maneiras de honrar essa Bandeira.
Adoro futebol! Mas também gosto das coisas no seu devido lugar.
Sonho com o sucesso da nossa Selecção!
Faço votos que a nossa Selecção ganhe àquelas cujos jogadores chegaram à concentração de táxi ou autocarro ou que não desfilaram de charrete.
P.S.: Que não se veja nas minhas palavras qualquer despeito por nunca ter sido convidado para Seleccionador Nacional
Chegou-me por e.mail um texto, alegadamente da autoria de João César das Neves, que transcrevo com o meu aplauso e a devida vénia ao autor, na convicção de que enriqueço este modesto espaço.
"Obrigado, Sr. ministro! por JOÃO CÉSAR DAS NEVES
Há dias um pobre pediu-me esmola. Depois, encorajado pela minha generosidade e esperançoso na minha gravata, perguntou se eu fazia o favor de entregar uma carta ao senhor ministro.
Perguntei-lhe qual ministro e ele, depois de pensar um pouco, acabou por dizer que era ao ministro que o andava a ajudar. O texto é este:
"Senhor ministro, queria pedir-lhe uma grande ajuda: veja lá se deixa de me ajudar. Não me conhece, mas tenho 72 anos, fui pobre e trabalhei toda a vida. Vivia até há uns meses num lar com a minha magra reforma.
Tudo ia quase bem, até o senhor me querer ajudar.
Há dois anos vierem uns inspectores ao lar. Disseram que eram de uma coisa chamada Azai. Não sei o que seja. O que sei é que destruíram a marmelada oferecida pelos vizinhos e levaram frangos e doces dados como esmola. Até os pastelinhos da senhora Francisca, de que eu gostava tanto, foram deitados fora. Falei com um deles, e ele disse-me que tudo era para nosso bem, porque aqueles produtos, que não estavam devidamente embalados, etiquetados e refrigerados, podiam criar graves problemas sanitários e alimentares. Não percebi nada e perguntei-lhe se achava bem roubar a comida dos pobres. Ele ficou calado e acabou por dizer que seguia ordens.
Fiquei então a saber que a culpa era sua e decidi escrever-lhe. Nessa noite todos nós ali passámos fome, felizmente sem problemas sanitários e alimentares graves.
Ah! É verdade. Os tais fiscais exigiram obras caras na cozinha e noutros locais. O senhor director falou em fechar tudo e pôr-nos na rua, mas lá conseguiu uns dinheiritos e tudo voltou ao normal. Como os inspectores não regressaram e os vizinhos continuaram a dar-nos marmelada, frangos e até, de vez em quando, os belos pastéis da tia Francisca, esqueci-me de lhe escrever. Até há seis meses, quando destruíram tudo.
Estes não eram da Azai. Como lhe queria escrever, procurei saber tudo certinho. Disseram-me que vinham do Instituto da Segurança Social.
Descobriram que estava tudo mal no lar. O gabinete da direcção tinha menos de 12 m2 e na instalação sanitária do refeitório faltava a bancada com dois lavatórios apoiados sobre poleias e sanita com apoios laterais. Os homens andaram com fitas métricas em todas as janelas e portas e abanaram a cabeça muitas vezes. Havia também um problema qualquer com o sabonete, que devia ser líquido.
Enfureceram-se por existirem quartos com três camas, várias casas de banho sem bidé e na área destinada ao duche de pavimento (ligeiramente inferior a 1,5 m x 1,5 m) não estivesse um sistema que permita tanto o posicionamento como o rebatimento de banco para banho de ajuda (uma coisa que nem sei o que seja). Em resumo, o lar era uma desgraça e tinha de fechar.
Ultimamente pensei pedir aos senhores fiscais para virem à barraca onde vivo desde então, medir as janelas e ver as instalações sanitárias (que não há!). Mas tenho medo que ma fechem, e então é que fico mesmo a dormir na rua.
Mas há esperança. Fui ontem, depois da missa, visitar o lar novo que o senhor prior aqui da freguesia está a inaugurar, e onde talvez tenha lugar. Fiquei espantado com as instalações. Não sei o que é um hotel de luxo, porque nunca vi nenhum, mas é assim que o imagino. Perguntei ao padre por que razão era tudo tão grande e tão caro. Afinal, se fosse um bocadinho mais apertado, podia ajudar mais gente. Ele respondeu que tinha apenas cumprido as exigências da lei (mais uma vez tem a ver consigo, senhor ministro). Aliás o prior confessou que não tinha conseguido fazer mesmo tudo, porque não havia dinheiro, e contava com a distracção ou benevolência dos inspectores para lhe aprovarem o lar. Se não, lá ficamos nós mais uns tempos nas barracas.
Senhor ministro, acredito que tenha excelentes intenções e faça isto por bem. Como não sabe o que é a pobreza, julga que as exigências melhoram as coisas. Mas a única coisa que estas leis e fiscalizações conseguem é criar desigualdades dentro da miséria. Porque não se preocupam com as
casas dos pobres, só com as que ajudam os pobres.""
Sempre simpatizei com o Sporting.
Sempre gostei muito do Sporting.
Fico muito marafado quando o Sporting perde ou não ganha.
Vejo, sofrendo, pela televisão, os jogos do Sporting.
Só não vou ao estádio apenas porque não aceito ser tratado como um malfeitor, desordeiro ou marginal, só porque não existe a coragem de tratar os malfeitores, desordeiros ou marginais como tal.
O.K.! Podem chamar-me Sportinguista!
Por isso, preocupo-me com o Sporting. Sempre o considerei um clube de gente boa, ordeira, onde o “fair-play” é a regra. Um clube que por isso, marcava a diferença. Um clube de senhoras e de senhores.
De boa fé, sempre acreditei que os excessos das claques nada tinham a ver com as estruturas dirigentes ou com as hierarquias dos clubes. Acreditava, sinceramente, que assim era não só no Sporting, mas principalmente no Sporting.
A verdade, porém, é que quem colocou as célebres fotografias das claques no túnel do balneário dos visitantes do Estádio de Alvalade, não foram as claques.
Não sei se as fotos são de inspiração fascista ou fascizantes.
Também não sabia que a saudação fascista tinha sido alterada, e que agora é o punho cerrado em vez da mão estendida. Não sabia, mas também não tenho nada com isso. Tanto me faz.
Mas o que sei é que as fotos são de muito mau gosto. E isso é pior. È muito pior.
É muito grave.
É que, a partir de agora, já não se pode argumentar que as atitudes das claques nada têm que ver com o clube, os seus sócios e adeptos, a sua hierarquia e a sua estrutura dirigente.
Eu gostaria que isto não tivesse acontecido.
Não no “meu” Sporting.
Que pena!!!!