Rua do Saco

Janeiro 24 2011

Eu bem disse: - O Povo é sábio!

 

O Povo mostrou que não escolhe quem não tem outras ideias que não sejam os ataques pessoais!

 

O Povo mostrou que quer libertar-se dos partidos!

 

O Povo mostrou o seu protesto!

 

O Povo mostrou o seu afastamento do sistema político!

 

Mas acima de tudo, o Povo não deixou que um traidor chegasse a Comandante Supremo das Forças Armadas.

 

publicado por jpargana às 12:52

Janeiro 07 2011

Custa-me ver a campanha eleitoral para a Presidência da República convertida numa mera “campanha do vale tudo”.

 

Acho que os candidatos deviam ter a preocupação de manter um nível mínimo de dignidade na sua postura, nos seus argumentos, nas suas atitudes, e que deviam transmitir essa preocupação aos seus mandatários, seguidores e apoiantes.

 

É vulgar ouvir os candidatos fazerem profissões de fé, assegurando que o importante é debater ideias e princípios, evitando os ataques pessoais.

 

Concordo em absoluto!

 

Acho, no entanto, que o passado dos candidatos não pode ser ignorado quando está em causa a eleição para Chefe do Estado.

 

Estou consciente de que ter sido refractário ou desertor constitui, neste Portugal democrático, um atributo e um argumento a favor de uma carreira política de sucesso.

 

Vem isto a propósito de ter ouvido na televisão o candidato Alegre afirmar que a sua vida é cristalina, transparente, sem segredos.

 

Ainda bem!

 

Não gosto de falar do que não sei, e muito menos de acusar alguém sem provas. Mas há factos que são do domínio público, e que não são desmentidos pelo interessado.

 

O candidato Alegre não foi refractário nem desertor. Isso ele já esclareceu. Que esteve preso durante o seu serviço militar parece também ser um facto. Convinha que se esclarecesse por que causas e em que circunstâncias, assim como as circunstâncias que envolveram a sua passagem à disponibilidade.

 

Mas onde não há dúvidas é que depois disso, se pôs ao serviço do inimigo dos seus compatriotas.

 

Traiu os seus!

 

Não foi refractário. Não foi desertor. Foi traidor!

 

E não há nada mais vil que a traição!

 

Em que País é possível que um traidor se arrogue a pretensão de vir a ser Chefe do Estado e Chefe Supremo das Forças Armadas?

 

Chegou a tanto a nossa crise de valores?

 

A candidatura do candidato Alegre é uma afronta a toda uma geração que, certamente com dúvidas, mas com generosidade e com honra, pôs os melhores anos da sua juventude ao serviço da sua Pátria!

 

A candidatura do candidato Alegre é um insulto à memória dos que não regressaram!

 

O agora candidato, terá feito, à época, a opção que a sua consciência ditou. Foi a sua opção. Mas essa opção retira-lhe o fundamento moral para esta candidatura.

 

O Povo é sábio.

 

Eu confio no Povo.

 

Eu tenho fé que o Povo, a que pertencem os que ele traiu, lhe dê uma humilhante derrota!

publicado por jpargana às 22:54

Janeiro 06 2011

Gostaria que alguém me explicasse qual a utilidade ou o objectivo do serviço dos CTT conhecido por envio “com aviso de recepção”.

 

Será para comprovar que o destinatário recebeu?!?!?!

 

Duvido.

 

Ou será para avisar o destinatário que não o receba, se desconfia que se trata de assunto que não lhe agrada, do qual não quer tomar conhecimento, ou do qual quer fugir?

 

O carteiro, na distribuição, deixa na caixa do correio do destinatário um aviso de que se encontra na Estação (loja?) dos CTT da zona uma carta (ou outro qualquer envio) que lhe será entregue com a apresentação desse aviso e contra a assinatura de um chamado Aviso de Recepção.

 

Ao saber quem lhe está a enviar, o destinatário decide se levantará ou não o correio, conforme lhe convier.

 

Mais uma prática a beneficiar o infractor!

 

Exemplos? Todos os conhecemos:

 

A Lei manda que todos os anos, os senhorios enviem aos seus inquilinos as cartas a comunicar os aumentos que, nos termos dessa mesma Lei, serão aplicados às rendas.

 

A Lei manda também que essas cartas sejam enviadas com aviso de recepção.

 

Suponhamos que um dos destinatários, de má fé, e sabendo da impunidade de que goza, ao saber de quem vem a carta e portanto, de que trata, decide não a levantar.

 

Fica “dispensado” do aumento que a Lei estabelece.

 

O prevaricador é beneficiado. Está, mais uma vez, em vantagem perante o cumpridor.

 

Outro exemplo?

 

Suponhamos que o cidadão B tem assuntos que lhe são desfavoráveis em Tribunal.

 

O Tribunal convoca o cidadão B por carta com Aviso de Recepção.

 

Ao ver, no aviso, quem a procura, o cidadão B decide não levantar a carta. E adia-se o problema. Uma, duas, n vezes. E provávelmente, enquanto isso, prejudica-se, por falta de Justiça, um cidadão A, queixoso.

 

Não admira. Isto acontece no mesmo País onde roubar só é vergonha se se for apanhado. Crime só é se se for apanhado e pobre.

 

No mesmo País onde, em público, um Presidente de Câmara Municipal diz, despudoradamente em total desprezo pelos seus eleitores:

 

“-Mentiroso, eu? Claro que sou mentiroso! Se não fosse, não era Presidente da Câmara!”

 

Acham que o público chorou ou mesmo vaiou o engraçado?

 

Enganam-se! O público riu, e até se ouviram alguns aplausos!

 

Voltando ao “Aviso de Recepção”, uma solução me ocorreu e adoptei com sucesso (Não a contem a ninguém, principalmente estrangeiro. Não gosto que trocem do meu País):

 

Quando envio uma carta que suspeito indesejada pelo destinatário, faço-a em duplicado.

 

Um exemplar é enviado por correio registado com aviso de recepção. Recebo-a, quase de certeza, devolvida por não ter sido reclamada. Guardo o recibo do registo e do aviso de recepção, que guardo junto à devolução.

 

O outro é enviado por correio normal, sem qualquer aviso. É metida pelo carteiro na caixa de correio do destinatário e por ele recebida.

 

 

 

publicado por jpargana às 21:35

Este blog é uma colectânea de reflexões do autor sobre temas de interesse geral e da sociedade e ambiente que o rodeiam.
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